Pós-graduação em Fisiologia do Exercício Aplicada à Reabilitação Cardíaca e Hipertensão Arterial Sistêmica
Pós-Graduação reconhecida pelo MEC
Atenção: veja os documentos e condições necessários para a matrícula no curso abaixo.
Este é o único curso que se aprofunda na área da reabilitação cardíaca e hipertensão arterial para te proporcionar a verdadeira possibilidade de se tornar especialista no tema e referência em sua cidade e região.
O prazo mínimo de realização da pós-graduação é de 6 meses e o prazo máximo é de 18 meses.
Rua dos Miosótis, 22 - Fonte Araraquara - SP 14802-421
Documentos necessários para certificação:
- Cópia de documento oficial de identificação com foto
- Cópia da inscrição em Cadastro de Pessoa Física (CPF);
- Cópia autenticada do diploma e do histórico escolar do curso de graduação emitido pela Instituição de Ensino Superior devidamente credenciada;
- Comprovante de endereço.
*O tempo mínimo para certificação passa a contar a partir do momento da entrega do diploma ou certificado de conclusão do curso.
Este curso é iniciado com os conhecimentos fundamentais de fisiologia do exercício, que posteriormente são aplicados diretamente a reabilitação cardíaca e tratamento da hipertensão arterial sistêmica.
Ao final deste curso, você será capaz de:
- Determinar qual a natureza bioenergética dos mais variados tipos de exercício físico;
- Interpretar todos os componentes determinantes do VO2máx e analisar casos individuais para determinar seus fatores limitantes;
- Diagnosticar, a partir do conhecimento do VO2máx e pela classificação do seu valor em função de idade e sexo, a aptidão cardiovascular de qualquer pessoa;
- Estabelecer metas de aumento do VO2máx em função dos mais variados objetivos, seja no âmbito da prescrição de exercício clínica, para melhora de aptidão física ou para atletas das mais distintas modalidades;
- Compreender o efeito do envelhecimento sobre o VO2máx, diagnosticar a aptidão cardiovascular de pessoas idosas, determinar se a taxa de queda do VO2máx é normal em função do envelhecimento e estabelecer metas de resgate funcional de idosos a partir do VO2máx;
- Estabelecer as metas de VO2máx para o(s) público(s) de seu contexto de trabalho, seja no âmbito clínico, de fitness ou esportivo, com metas individualizadas.
- Compreender a relação entre o limiar de lactato e o limiar anaeróbio ventilatório, bem como as implicações dos distintos métodos e protocolos de sua determinação;
- Identificar, por meio da resposta ventilatória, o limiar anaeróbio e o limiar de compensação respiratória;
- Utilizar o limiar anaeróbio e o limiar de compensação respiratória para a avaliação e relacionar o tempo de permanência em cada um dos limiares ventilatórios para a prescrição de treinamento;
- Criar maneiras de determinar os limiares ventilatórios em diferentes locais de prescrição do treinamento, especialmente em meio esportivo e no âmbito do fitness.
- Analisar o ambiente em que se realiza exercícios e determinar qual o impacto sobre a termogênese, perda hídrica e necessidade de reidratação.
- Manipular as variáveis da carga de treinamento para direcionar as respostas agudas e adaptações orgânicas desejadas com o processo de treino.
- Compreender os conceitos básicos do funcionamento do coração e da hemodinâmica, discriminar as variáveis da função cardíaca, identificar os fatores determinantes da pressão arterial e os seus mecanismos de controle de curto e longo-prazos
- Reconhecer os diversos fatores responsáveis pelo desenvolvimento do quadro de hipertensão arterial sistêmica (HAS) e discriminar a etiologia da HAS em cada paciente
- Diferenciar hipertensão arterial sistólica e diastólica, essencial e secundária, interpretar as distintas causas da hipertensão secundária e as alterações nos exames clínicos decorrentes destes fatores
- Adequar as estratégias de treinamento aos distintos quadros clínicos e etiologias da HAS
- Compreender o impacto/malefícios da HAS sobre os distintos órgãos e sistemas e utilizar essa compreensão para evitar agravamento do quadro clínico e assegurar melhora em função do processo de treino
- Discriminar os mecanismos de ação dos distintos medicamentos para controle da PA. conhecer os efeitos colaterais e a interação desses medicamentos com os estímulos de treino
- Utilizar as distintas estratégias de treino resistido e não resistido para a redução aguda e crônica da pressão arterial em paciente hipertensos controlados e descompensados
- Conhecer as especificidades da anatomia e da fisiologia da circulação coronariana
- Identificar os fatores de risco para o desenvolvimento da doença arterial coronariana (DAC), reconhecer as etapas e os eventos relacionadas à formação das placas de ateroma e saber utilizar os estímulos de treino para o adequado controle de cada um dos distintos fatores de risco para DAC
- Interpretar basicamente os exames (ECG, cateterismo, cintilografia) para diagnóstico de DAC, angina e infarto agudo do miocárdio (IAM) e diferenciar a importância de cada exame para reconhecimento do quadro clínico e dos riscos inerentes a cada paciente em função dos distintos estímulos de treino
- Diferenciar os estágios de evolução da DAC, discriminar os quadros de angina e IAM, conhecer os marcadores sanguíneos de IAM e estabelecer as proposições de treino de acordo com a condição clínica do paciente anginoso ou infartado
- Identificar os sintomas de DAC, angina e IAM e proceder com os socorros de urgência em situações de angina e IAM
- Reconhecer, por meio dos exames e do relatório médico, as sequelas cardíacas após IAM e elaborar as proposições de treino de acordo com a particularidade de cada paciente infartado
- Diferenciar Programa de Reabilitação Cardiovascular (PRCV) de prevenção primária e prevenção secundária e compreender as etapas do PRCV de prevenção secundária
- Elaborar e conduzir PRCV de prevenção primária e secundária, em suas distintas etapas, de acordo com as particularidades clínicas de cada paciente
- Aplicar testes físicos de maneira segura e eficaz para medida e avaliação da aptidão cardiovascular em pacientes coronariopatas
Estrutura curricular do curso:
1. Bioenergética e equilíbrio ácido base no exercício: Introdução à bioenergética, Via anaeróbia alática, Via anaeróbia lática: reações e produção de lactato e saldo de ATP, papel no exercício e indução de acidose, Lactato: transporte e efeitos metabólicos e sistêmicos, Via aeróbia: ciclo de Krebs e cadeia transportadora de elétrons, metabolismo de lipídeos e proteínas, Transição glicose-gordura: fatores locais de sinalização da mudança de substrato e mobilização das lipoproteínas, Interação das vias bioenergéticas durante o exercício, Recuperação metabólica pós-exercício: reposição dos substratos energéticos, Recuperação metabólica pós-exercício: remoção dos produtos finais do metabolismo, Fadiga no exercício: conceituação e tipos de fadiga, Mecanismos de fadiga periférica no exercício aeróbio moderado e intenso; Conceitos de pH, ácido e base e Equilíbrio ácido-base no exercício.
2. Consumo máximo de oxigênio: consumo máximo de oxigênio (VO2máx): definição e conceitos, fatores determinantes do consumo máximo de oxigênio: frequência cardíaca máxima, volume de ejeção máximo, débito cardíaco máximo e diferença arteriovenosa máxima de oxigênio, formas de expressão do VO2máx, parâmetros de normalidade e diagnóstico da aptidão cardiovascular por meio do VO2máx, efeitos do envelhecimento sobre o VO2máx, relação entre VO2 e capacidade de trabalho, conceito de METs,
3. Limiar anaeróbio e limiar de compensação respiratória: Limiar anaeróbio: conceituação e fatores determinantes, Identificação do limiar de lactato pelo OBLA, lactato mínimo e 4 mmol, Protocolos de identificação do limiar de lactato, Limiar de lactato e velocidade crítica, Limiar glicêmico e limiar de Concone, Limiar anaeróbio ventilatório, Limiar de compensação respiratória, Protocolos diretos e indiretos de identificação do limiar ventilatório, Relação dos limiares de lactato e ventilatórios com o VO2máx em sedentários e treinados, Tempo de trabalho de sedentários e treinados nas intensidades de limiares.
4. Termorregulação e exercício: Importância da termorregulação e estruturas centrais e periféricas envolvidas, Ganho e liberação de calor: radiação, convecção, condução e evaporação, Regulação da temperatura corporal durante exercícios em ambientes quentes: perda hídrica, Regulação da temperatura corporal durante exercícios em ambientes frios, Hidratação antes, durante e após o exercício.
5. Respostas agudas ao exercício: Respostas orgânicas agudas ao exercícios: o que são e porque ocorrem, Carga de treino: componentes da carga e relação com respostas agudas, Respostas cardiovasculares agudas: frequência cardíaca, volume sistólico, débito cardíaco, pressão arterial e hipotensão pós-exercício e redistribuição do fluxo sanguíneo; Respostas endócrinas ao exercício: adrenalina e noradrenalina, GH e cortisol, insulina e glucagon, estrógeno, progesterona e testosterona; Estresse oxidativo no exercício moderado e intenso.
6. Adaptações orgânicas ao treinamento: Conceito de adaptação orgânica e relação com os estresses agudos de treino, Adaptações cardiovasculares ao exercício: hipertrofia cardíaca concêntrica e excêntrica, volume de ejeção e débito cardíaco, frequência cardíaca e pressão arterial, variablidade da frequência cardíaca (VFC), angiogênese; Adaptações respiratórias: custo ventilátorio e eficiência respiratória; Adaptações imunológicas ao exercício: metabolismo de macrófagos, neutrófilos e linfócitos; Adaptações hormonais ao exercício: hormônios metabólicos, hormônios sexuais; Adaptações bioquímicas: reservas de substratos energéticos, atividade enzimática anaeróbia e aeróbia, mitocôndrias, transportadores e sinalizadores intramusculares; Adaptações neuromusculares: interações sinápticas e controle motor, hipertrofia muscular; Adaptações do sistema antioxidante.
7. Fisiologia cardiovascular: potencial de ação do miocárdio e propriedades do miocárdio, geração e condução do impulso nervoso pelo miocárdio, ciclo cardíaco e ECG, hemodinâmica: conceitos básicos e relações fluxo, pressão e resistência vascular periférica, circulação arterial e pressão arterial (PA), circulação capilar, retorno venoso, circulação linfática, circulação coronariana, mecanismos de controle do débito cardíaco, mecanismos rápidos e lentos de controle da PA, oscilação da PA durante o dia: descenso noturno.
8. Diagnóstico, etiologia e epidemiologia da hipertensão arterial sistêmica (HAS): prevalência de HAS em estratos sociais específicos, valores de referência para HAS: diagnóstico do quadro clínico, HAS essencial ou idiopática, HAS secundária: causas endócrinas e renais, HAS: causas vasculares, doenças desencadeadoras, medicamentos desencadeadores, relação com obesidade central, inflamação crônica subclínica, resistência à insulina e diabetes tipo 2, HAS e gestação, sintomas da HAS.
9. Fisiopatologia da hipertensão arterial sistêmica: sobrecarga e dano cardíaco, danos aos vasos sanguíneos, danos renais, danos ao cérebro, olhos e demais órgãos.
10. Tratamento medicamentoso da hipertensão arterial sistêmica: tratamento com betabloqueadores, bloqueadores dos canais de cálcio, inibidores da ECA, diuréticos, antagonistas do receptor de angiotensina 2, vasodilatadores, medicamentos complementares: estatinas e anticoagulantes.
11. Exercício no tratamento não medicamentoso da hipertensão arterial sistêmica: redução aguda da PA após exercícios resistidos e não resistidos, treinamento regular resistido e não resistido e redução crônica da PA em indivíduos com hipertensão, relação do aumento da aptidão física com a redução crônica da PA, interação dos medicamentos anti-hipertensivos com o programa de treinamento.
12. DAC: Etiologia, fisiopatologia e fatores de risco. Conceituação e evolução da placa de ateroma, conceito de fatores de risco primários e secundários de DAC, estratificação do risco para desenvolvimento de DAC, DAC e perfil lipídico e dislipidemias, DAC e apolipoproteínas, DAC e citocinas inflamatórias e inflamação crônica de baixo grau, DAC e homocisteína, DAC e estresse oxidativo, DAC e arteriosclerose, DAC no envelhecimento, DAC na obesidade central, DAC na síndrome metabólica e diabetes tipo 2, DAC na HAS, DAC no tabagismo, Doença vascular periférica (DVP) e acidente vascular cerebral (AVC) em coronariopatas.
13. Doença arterial coronariana (DAC), angina e infarto agudo do miocárdio (IAM): diagnóstico e sintomas: diagnóstico da DAC por ECG, cintilografia e e cateterismo, holter em coronariopatas e hipertensos: impacto sobre a variabilidade da frequência cardíaca (VFC), EcoDoppler em coronariopatas e hipertensos descompensados, sintomas primários e avançados de DAC, sintomas de eventos isquêmicos: angina e IAM, procedimentos de socorro de urgência no IAM, marcadores sanguíneos, histologia e morfologia cardíaca no IAM, complicações cardíacas funcionais no IAM.
14. Intervenções terapêuticas na DAC, angina e IAM: terapias em IAM com infradesnível de segmento ST: revascularização do miocárdio e Stent, terapias em IAM sem infradesnível de segmento ST: O2, vasodilatadores, ACOAG e APLAQ, estabilização hemodinâmica do paciente infartado: técnica ABCDE, estratificação do risco do paciente infartado: escores RIMI e GRACE, complicações pós-cirúrgicas e funcionais no IAM.
15. Exercício Físico no tratamento não medicamentoso no tratamento da DAC e do IAM: exercício físico resistido e não resistido e prevenção da DAC, programa de reabilitação cardiovascular (RCV) de prevenção primária, programa de RCV de prevenção primária para pacientes com angina estável, programa de RCV de prevenção secundária: fases 1 a 4, anamneses para medida e avaliação física de coronariopatas, testes crescentes e constantes da aptidão cardiovascular de coronariopatas.
Coordenador pedagógico do curso:
Prof. Dr. Cássio Mascarenhas Robert Pires
Graduado em Educação Física (FESC – São Carlos)
Pós-graduado em Treinamento Desportivo (UNIMEP – Piracicaba)
Pós-graduado em Ciências do Esporte (UNICAMP – Campinas)
Mestre em Ciências Fisiológicas (UFSCar – São Carlos)
Doutor em Ciências Nutricionais (UNESP – Araraquara)
Mais de 20 anos de experiência docente e professor convidado de diversos cursos de pós-graduação e eventos da área da Educação Física
No âmbito esportivo, possui experiência como preparador físico de voleibol, fisiologista de futebol, preparador físico de árbitros de futebol de nível nacional e internacional e treinador de corredores profissionais.
Criador dos programas de treinamento e intervenção da Bradhon
Atual proprietário e responsável técnico pelo Centro de Treinamento da Bradhon com atendimento especializado para pessoas com doenças metabólicas.